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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeDom Nov 23, 2008 10:21 am


    Serão de menino

    Na noite morna, escura de breu,
    enquanto na vasta sanzala do céu,
    de volta de estrelas, quais fogaréus,
    os anjos escutam parábolas de santos...
    na noite de breu
    ao quente da voz
    de suas avós,
    meninos se encantam
    de contos bantos...
    "Era uma vez uma corça
    dona de cabra sem macho...
    .........................................
    ... Matreiro, o cágado lento
    tuc... tuc... foi entrando
    para o conselho animal...
    ("- Tão tarde que ele chegou!")
    Abriu a boca e falou -
    deu a sentença final:
    "- Não tenham medo da força!
    Se o leão o alheio retém
    - luta ao Mal! Vitória ao Bem!
    tire-se ao leão, dê-se à corça."
    Mas quando lá fora
    o vento irado nas fresta chora
    e ramos xuaxalha de altas mulembas
    e portas bambas batem em massembas
    os meninos se apertam de olhos abertos:
    - Eué
    - É casumbi...
    E a gente grande -
    bem perto dali
    feijão descascando para o quitande-
    a gente grande com gosto ri...
    Com gosto ri, porque ela diz
    que o casumbi males só faz
    a quem não tem amor, aos mais
    seres buscam, em negra noite,
    essa outra voz de casumbi
    essa outra voz - Felicidade...

    Viriato da Cruz

    (No reino de Caliban II - antologia panorâmica de poesia africana de expressão portuguesa)


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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeSeg Nov 24, 2008 4:09 am

    Gosto muito de poesia.Tenho pena de não saber o suficiente para escrever

    :fruto 3:
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeSeg Nov 24, 2008 11:35 pm


    ARLINDO BARBEITOS


    Biografia
    Arlindo do Carmo Pires Barbeitos, nasceu em Catete, Província de Icolo e Bengo, Angola, em 24 de Dezembro de 1940. Em 1961, foi obrigado a fugir de seu país por motivos políticos. Foi para a França, Bélgica, Suíça, Alemanha, onde cursou Antropologia e Sociologia na Universidade de Frankfurt. Doutorou-se em Etnologia e foi professor na Universidade Livre de Berlim Ocidental e na Universidade de Angola, país ao qual regressou em 1975. A sua poesia tem reminiscências da poética tradicional africana, de tradição oral, e das poesias chinesa e japonesa

    Amanheceu/quem diria

    amanheceu
    quem diria
    que inda agora hoje era ontem
    e que cacos ao longe não iam ser olhos de bicho
    quem diria
    que patos-bravos mergulhando não eram jacarés
    e que lagartos azuis iam a quatro patas
    quem diria
    que bosta de elefante não eram pedras
    e que guerrilheiros antigos iam pisar a sua mina
    quem diria
    que o professor cismando não era surdo
    e que os alunos não iam falar a sua língua
    quem diria
    que a moça do Muié
    que inda agora era virgem logo já o não é
    quem diria
    que inda agora hoje era ontem
    amanheceu

    farao
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeTer Nov 25, 2008 11:17 pm


    Ainda de Arlindo Barbeitos


    "A feiticeira de olhar de prata"

    a feiticeira de olhar de prata
    cansada da tranqüilidade de fronteiras e de acampamentos
    largou
    as pedrinhas que ficaram das pedras
    e
    se exilou para lá dos sonhos
    aí
    em sua libata de nuvens brancas
    e
    envolta em panos de bruma
    enrola linhas de horizonte
    em grossos novelos
    que
    por tardes de chuva desdobra
    pelo céu alto
    em longos arco-íris
    a feiticeira de olhar de prata
    me aguarda
    encoberta em mosquiteiro de brisa
    na sua funda alcova de luas e de estrelas
    devagar
    de lágrimas e sol
    ela vai tecendo a renda de meus dias
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeSex Nov 28, 2008 8:34 pm

    LUANDINO VIEIRA

    José Luandino Vieira, nascido na Lagoa do Furadouro (Portugal) em 4 de Maio de 1935 é cidadão angolano pela sua participação no movimento de libertação nacional e contribuição no nascimento da República Popular de Angola. Passou toda a infância e juventude em Luanda onde frequentou e terminou o ensino secundário. Trabalhou em diversas profissões até ser preso em 1959 (Processo dos 50), é depois libertado e posteriormente (1961) de novo preso e condenado a 14 anos de prisão e medidas de segurança. Transferido, em 1954, para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde passou 8 anos, foi libertado em 1972, em regime de residência vigiada em Lisboa. Iniciou então a publicação da sua obra na grande maioria escrita nas diversas prisões por onde passou.

    Depois da Independência foi nomeado para a Televisão Popular de Angola, que organizou e dirigiu de 1975 a 1978; para o D. O. R. (Departamento de Orientação Revolucionária do MPLA) que dirigiu até 1979; para o I. A. C. (Instituto Angolano de Cinema) que organizou e dirigiu de 1979 a 1984.

    ESTRADA

    Luanda Dondo vão,

    cento e tal quilômetros

    mangas e cajus

    marcos brancos

    meninos nus

    Branco algodão

    crescendo

    corpos negros

    na cacimba

    O Lucala corre

    confiante

    indiferente à ponte que ignora

    Verdes matas

    Sangram vermelhas acácias

    imbondeiros festejam

    o minuto da flor anual

    Na estrada

    o rebanho alinha

    pelo verde

    verde capim

    Adivinhados

    caqui lacraus

    de capacete giz

    Meninos

    se embalam

    em mães velhas

    de varizes:

    Rios azuis

    da longa estrada

    E é fevereiro

    sardões ao sol

    Cassoalala

    Eia Mucoso

    tão vazio outrora

    tão cheio agora

    Adivinhados

    permanecem

    lacraus caqui

    capacetes giz

    Não param as colheitas

    Que razão seriam

    fevereiro

    acácias sangrando vermelho

    verdes sisais

    cantando o parto

    da única flor?

    Não param as colheitas!

    (1963)


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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeSáb Nov 29, 2008 4:28 am

    amiga Kaluanda
    hoje dei uma voltinha por aqui e devo dizer:não gosto da forma de escrever do luandino vieira, dá-me volta aos neurónios
    :fruto 3:
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeSáb Nov 29, 2008 5:49 pm

    Pois é amiga!!

    Mas é poesia angolana... quer gostemos ou não!
    Uns nascidos lá... outros nascidos cá... "ultimamente", uma forma estranha de escrever...
    Talvez o tal surrealismo literário do qual pouco ou nada entendo...

    Bjs.
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeSeg Dez 01, 2008 1:09 am


    Vadiagem

    Naquela hora já noite
    quando o vento nos traz mistérios a desvendar
    musseque em fora fui passear as loucuras
    com os rapazes das ilhas:
    Uma viola a tocar
    o Chico a cantar
    (que bem que canta o Chico!)
    e a noite quebrada na luz das nossas vozes
    Vieram também, vieram também
    cheirando a flor de mato
    - cheiro grávido de terra fértil -
    as moças das ilhas
    sangue moço aquecendo
    a Bebiana, a Teresa, a Carminda, a Maria.
    Uma viola a tocar
    o Chico a cantar
    a vida aquecida com o sol esquecido
    a noite é caminho
    caminho, caminho, tudo caminho serenamente negro
    sangue fervendo
    cheiro bom a flor de mato
    a Maria a dançar
    (que bem que dança remexendo as ancas!)
    E eu a querer, a querer a Maria
    e ela sem se dar
    Vozes dolentes no ar
    a esconder os punhos cerrados
    alegria nas cordas da viola
    alegria nas cordas da garganta
    e os anseios libertados
    das cordas de nos amordaçar
    Lua morna a cantar com a gente
    as estrelas se namorando sem romantismo
    na praia da Boavista
    o mar ronronante a nos incitar
    Todos cantando certezas
    a Maria a bailar se aproximando
    sangue a pulsar
    sangue a pulsar
    mocidade correndo
    a vida
    peito com peito
    beijos e beijos
    as vozes cada vez mais bebadas de liberdade
    a Maria se chegando
    a Maria se entregando
    Uma viola a tocar
    e a noite quebrada na luz do nosso amor...

    (António Jacinto)
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeSeg Dez 01, 2008 11:44 pm

    Lembranças da minha Terra - Natália Vale
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeQua Dez 10, 2008 11:26 pm


    Prelúdio

    Pela estrada desce a noite...
    Mãe-Negra, desce com ela...
    Nem buganvilias vermelhas,
    nem vestidinhos de folhos,
    nem brincadeiras de guisos,
    nas suas mãos apertadas.
    Só duas lágrimas grossas,
    em duas faces cansadas.
    Mãe-Negra tem voz de vento,
    voz de silêncio batendo
    nas folhas do cajueiro...
    Tem voz de noite, descendo,
    de mansinho, pela estrada...
    Que é feito desses meninos
    que gostava de embalar?...
    Que é feito desses meninos
    que ela ajudou a criar?...
    Quem ouve agora as histórias
    que costumava contar?...
    Mãe-Negra não sabe nada...
    Mas aí de quem sabe tudo,
    como eu sei tudo
    Mãe-Negra!
    Os teus meninos cresceram,
    e esqueceram as histórias
    que customavas contar...
    Muitos partiram p'ra longe,
    quem sabe se hão-de voltar!...
    Só tu ficaste esperando,
    mãos cruzadas no regaço,
    bem quieta, bem calada.
    É tua a voz deste vento,
    desta saudade descendo,
    de mansinho pela estrada...



    Alda Lara
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeSeg Dez 15, 2008 2:22 pm

    ANA PAULA RIBEIRO TAVARES
    Nasceu no Lubango, Huíla, Sul de Angola, em 1952. É historiadora, tendo obtido o grau de Mestre em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A autora vem atuando em várias atividades ligadas à literatura e à história africana. Foi membro do júri do Prêmio Nacional de Literatura de Angola nos anos de 1988 a 1990 e responsável pelo Gabinete de Investigação do Centro Nacional de Documentação e Investigação Histórica, em Luanda, de 1983 a 1985. Em 1999, publicou vários estudos sobre a história de Angola na revista "Fontes & Estudos", de Luanda.

    Obra poética:
    Ritos de Passagem, 1985, Luanda, União dos Escritores Angolanos;
    O Lago da Lua, 1999, Lisboa, Editorial Caminho.
    Dizes-me coisas amargas como os frutos, 2001, Lisboa, Editorial Caminho.

    Entre os lagos

    Esperei-te do nascer ao pôr do sol
    e não vinhas, amado.
    Mudaram de cor as tranças do meu cabelo
    e não vinhas, amado.
    limpei a casa, o cercado
    fui enchendo de milho o silo maior do terreiro
    balancei ao vento a cabaça da manteiga
    e não vinhas, amado.
    Chamei os bois pelo nome
    todos me responderam, amado.
    Só tua voz se perdeu, amado,
    para lá da curva do rio
    depois da montanha sagrada
    entre os lagos.

    (Dizes-me coisas amargas como os frutos)
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    Dombolo
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeDom Dez 21, 2008 7:59 pm

    Oi Amigos,

    Sei que não é o fio adequado,
    mas quando tropecei com eles aí pelos meandros da net.,
    não pude deixar de os divulgar, pois tantas e boas lembranças
    me fazem.

    Aí vão.....

    Poesia - Página 2 Livro110Poesia - Página 2 Livro210
    Poesia - Página 2 Livro310

    É Literatura
    .................
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeDom Dez 21, 2008 8:05 pm

    Oi amigo!

    Os meus também foram iguais e tenho-os cá em casa.
    Não os originais, mas iguaizinhos a esses!!
    Saudades... não é!!!

    Esses livros também são poesia nas nossas vidas!!
    Deixa-os ficar onde estão!!!

    Bjs.
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeSeg Dez 22, 2008 10:43 pm

    Neste Natal

    Neste Natal não peças só coisas boas porque,
    Quem passou pela vida em branca nuvem
    E em plácido repouso adormeceu
    Quem não sentiu o frio da desgraça,
    Quem passou pela vida e não sofreu...
    Foi espectro de homem, não foi homem,
    Só passou pela vida, não viveu!

    (tirado da net)
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeTer Dez 23, 2008 11:46 pm

    Feliz Natal

    Neste Natal que se anuncia,
    Rogamos com fé a Deus,
    Que encha o nosso coração de amor.

    E que o nosso coração tenha o espírito de paz...
    de bondade...
    e de compreensão...
    de irmandade...
    de caridade...
    e de multiplicação...

    E que dele emane o mais puro sentimento...
    revestido com um agradável aroma...
    de sabedoria...
    de vitória...
    de alívio...
    de esperança...
    de crença...

    Que o nosso coração seja potente...
    De induzir o amor entre as pessoas...
    De sermos de natureza tão forte...
    Para vencermos as tribulações da vida...

    Para vermos e compreendermos a luz divina...
    Que faz a luz do dia...
    Que dissipa as trevas...
    Que cria a beleza...
    Com toda a harmonia...
    Com toda a alegria...
    Que dá sentido à vida...
    Que faz tudo isso com amor...


    Autor: Everaldo Cerqueira
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeQui Dez 25, 2008 7:49 pm

    Linda Poesia de Ano Novo

    Quando as tempestades da vida
    Surgem escuras à minha frente,
    Me recordo de maravilhosas palavras
    Que uma vez eu li.
    E digo a mim mesmo:
    Quando pairarem nuvens ameaçadoras,
    Não dobre suas asas
    E não fuja para o abrigo.

    Mas, faça como a águia,
    Abra largamente as suas asas
    E decole para bem alto,
    Acima dos problemas que a vida traz.

    Pois a águia sabe
    Que quanto mais alto voar,
    Mais tranqüilos e mais brilhantes
    Tornam-se os céus.

    E não há nada na vida
    Que Deus nos peça para carregar
    Que nós não possamos levar planando
    Com as asas da oração.

    E ao olhar para trás
    Verá que a tempestade passou,
    Você encontrará novas forças
    E ganhará coragem também.


    Fonte: Autor desconhecido
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeSex Dez 26, 2008 10:01 pm

    Poema de Fim de ano

    Recomeça….
    Se puderes
    Sem angústia
    E sem pressa.
    E os passos que deres,
    Nesse caminho duro
    Do futuro
    Dá-os em liberdade.
    Enquanto não alcances
    Não descanses.
    De nenhum fruto queiras só metade.

    E, nunca saciado,
    Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
    Sempre a sonhar e vendo
    O logro da aventura.
    És homem, não te esqueças!
    Só é tua a loucura
    Onde, com lucidez, te reconheças…

    Miguel Torga
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeSáb Dez 27, 2008 11:29 pm

    Poema de Ano Novo

    De repente,
    num instante fugaz,
    os fogos de artifício anunciam que
    o ano novo está presente e o ano velho ficou para trás.
    De repente, num instante fugaz,
    as taças de champagne se cruzam e o vinho francês borbulhante anuncia que o ano velho se foi e ano novo chegou.
    De repente, os olhos se cruzam,
    as mãos se entrelaçam e os seres humanos,
    num abraço caloroso,
    num só pensamento,
    exprimem um só desejo e uma só aspiração: PAZ E AMOR.
    De repente,
    não importa a nação,
    não importa a língua,
    não importa a cor,
    não importa a origem,
    porque todos são humanos e descendentes de um só Pai,
    os homens lembram-se apenas de um só verbo:AMAR
    De repente,
    sem mágoa,
    sem rancor,
    sem ódio,
    os homens cantam uma só canção,
    um só hino,
    o hino da liberdade.
    De repente,
    os homens esquecem o passado,
    lembram-se do futuro venturoso,
    de como é bom viver.
    Feliz Ano Novo !!!

    (desconheço o autor)
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeSeg Dez 29, 2008 9:09 pm

    Quisera escrever um poema de Ano Novo!
    Um poema tão contagiante quanto música.
    Um poema tão simples
    Que nem precisasse de tradução.
    Quisera escrever um poema novo,
    Desses que roçam a pele, arrepiam, tocam a alma.
    Quisera escrever um poema de Ano Novo!
    Que convocasse ao abraço, ao carinho.
    Um poema cálido como colo de mãe.
    Um poema que afastasse as mazelas,
    Um poema com a energia dos mantras
    Que doasse vida a quem recitasse
    E que trouxesse só alegrias aos ouvidos.
    Quisera escrever um poema todo vestido de branco
    Iluminado, como devem ser todos os dias.
    Um poema que saltasse dos livros
    E, como girândolas, girasse, pelas montanhas,
    Numa profusão de cores e brilhos.
    Quisera escrever um poema abençoado
    Um poema que abraçasse a todos
    Como uma graça,
    Despido de credos, fronteiras, linguagens.
    Quisera compor um poema cujas rimas
    Tivessem a riqueza de destruir os carrascos.
    Quisera escrever um poema de Ano Novo!
    Quisera envolver cada amigo com uma métrica mágica,
    Capaz de transformar, criar, soterrar injustiças.
    Quisera escrever tudo isso
    Na busca desse poema ideal,
    Acabei em apenas uma única palavra.
    Acabei, artífice, poeta incapaz, descobrindo
    Um único vocábulo…
    Síntese de toda minha ânsia.
    Aí está…
    Meu poema incompleto.
    Aí está….

    (desconheço o autor)
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    Tita
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeSex Jan 02, 2009 4:07 pm

    OFERTA

    Quando todos passarem...
    Quando o longo desfile dos Pastores passar
    E passarem os Anjos
    E os Grandes do Mundo;
    Quando finalmente
    Todos passarem,
    Eu virei sem Estrelas nem Vento
    Pela estrada branca.
    Sob os pinheiros e a noite
    Virei magoada e só
    De alma em passos arrastados.

    Não te verei:
    Passarei apenas
    Para deixar na neve, à tua porta
    Uma lágrima para ti.


    (M.Luisa S. e Silva)
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeSex Jan 02, 2009 4:49 pm

    Xiiii amiga!!

    Está pior que eu!!!
    Vamos lá a arribar com a poesia!!


    Bjs.
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeSex Jan 02, 2009 5:14 pm

    É tão Suave a Fuga deste Dia

    É tão suave a fuga deste dia,
    Lídia, que não parece, que vivemos.
    Sem dúvida que os deuses
    Nos são gratos esta hora,

    Em paga nobre desta fé que temos
    Na exilada verdade dos seus corpos
    Nos dão o alto prêmio
    De nos deixarem ser

    Convivas lúcidos da sua calma,
    Herdeiros um momento do seu jeito
    De viver toda a vida
    Dentro dum só momento,

    Dum só momento, Lídia, em que afastados
    Das terrenas angústias recebemos
    Olímpicas delícias
    Dentro das nossas almas.

    E um só momento nos sentimos deuses
    Imortais pela calma que vestimos
    E a altiva indiferença
    Às coisas passageiras

    Como quem guarda a c'roa da vitória
    Estes fanados louros de um só dia
    Guardemos para termos,
    No futuro enrugado,

    Perene à nossa vista a certa prova
    De que um momento os deuses nos amaram
    E nos deram uma hora
    Não nossa, mas do Olimpo.

    Ricardo Reis, in "Odes"
    Heterónimo de Fernando Pessoa
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeSáb Jan 03, 2009 3:50 pm

    AMOR SENTIMENTO NOBRE

    O amor tem sua beleza
    Para aquele que nele acredita
    No amor não há mistério
    Mas somente os mais puros
    Os corações mais sinceros
    Conseguem sentir e vivê-lo.
    ........................................
    Ah! O amor é loucura
    Nele não há ódio nem rancor
    Em qualquer instante
    De mãos estendidas está
    Vive aberto ao perdão
    Sem resquícios no coração.

    Amor é um sentimento nobre
    Na alma ele se consome
    No entanto, para alguns é obscuro
    Pois o amor não se prende
    Muito menos se domina.

    (Ataíde Lemos)
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeDom Jan 04, 2009 6:22 pm

    Alma Serena


    Alma serena, a consciência pura,
    assim eu quero a vida que me resta.
    Saudade não é dor nem amargura,
    dilui-se ao longe a derradeira festa.

    Não me tentam as rotas da aventura,
    agora sei que a minha estrada é esta:
    difícil de subir, áspera e dura,
    mas branca a urze, de oiro puro a giesta.

    Assim meu canto fácil de entender,
    como chuva a cair, planta a nascer,
    como raiz na terra, água corrente.

    Tão fácil o difícil verso obscuro!
    Eu não canto, porém, atrás dum muro,
    eu canto ao sol e para toda a gente.

    Fernanda de Castro, in "Ronda das Horas Lentas"
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeDom Jan 04, 2009 6:26 pm

    Elogio da Distância

    Na fonte dos teus olhos
    vivem os fios dos pescadores do lago da loucura.
    Na fonte dos teus olhos
    o mar cumpre a sua promessa.

    Aqui, coração
    que andou entre os homens, arranco
    do corpo as vestes e o brilho de uma jura:

    Mais negro no negro, estou mais nu.
    Só quando sou falso sou fiel.
    Sou tu quando sou eu.

    Na fonte dos teus olhos
    ando à deriva sonhando o rapto.

    Um fio apanhou um fio:
    separamo-nos enlaçados.

    Na fonte dos teus olhos
    um enforcado estrangula o baraço.

    Paul Celan, in "Papoila e Memória"
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitimeDom Jan 04, 2009 6:34 pm

    Silêncio, Nostalgia...

    Silêncio, nostalgia...
    Hora morta, desfolhada,
    sem dor, sem alegria,
    pelo tempo abandonada.

    Luz de Outono, fria, fria...
    Hora inútil e sombria
    de abandono.
    Não sei se é tédio, sono,
    silêncio ou nostalgia.

    Interminável dia
    de indizíveis cansaços,
    de funda melancolia.
    Sem rumo para os meus passos,
    para que servem meus braços,
    nesta hora fria, fria?

    Fernanda de Castro, in "Trinta e Nove Poemas"
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    MensagemAssunto: Re: Poesia   Poesia - Página 2 Icon_minitime

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