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Autor | Mensagem |
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lopes Moderador
| Assunto: Re: Poesia Seg Mar 02, 2009 11:53 pm | |
| SERENATA
Caem à noite as pedras sobre o templo do silêncio de espaço um ruído de automóvel um toque de sinos de uma igreja monotonia diurna que não quebra a queda das pedras no silêncio
De dia o templo é noite e à noite há o silêncio o esgravatar de uma gaivota em fogo o estalar de folhas novas numa árvore sabendo a vício este cigarro de cheira a seiva dos pinheiros
e as pedras caem como chuva ou neve todas as noites que noites já são poucas E a seiva pedra sobre o templo e a gaivota o vício a folha quebrando este silêncio
Onde as guitarras? os quissanges acontecem longe
Manuel Rui Monteiro ( no reino do Caliban II) | |
| | | Kaluanda Top 500
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| Assunto: Re: Poesia Ter Mar 03, 2009 12:02 am | |
| Guitarra
Começa o choro da guitarra. Quebram-se os copos da madrugada. Começa o choro da guitarra. É inútil calá-la. É impossível calá-la. Chora monótona como chora o vento sobre a nevada. É impossível calá-la. Chora por coisas distantes. Areia quente do Sul pedindo camélias brancas. Chora flecha sem alvo, tarde sem manhã, e o primeiro pássaro morto, nas ramadas. Oh guitarra! Coração malferido por cinco espadas.
Eugénio de Andrade | |
| | | lopes Moderador
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| Assunto: Re: Poesia Ter Mar 03, 2009 12:22 am | |
| Vi claramente visto,o lume vivo Que a marítima gente tem por santo, Em tempo de tormenta e vento esquivo, De tempestade escura e triste pranto. Não menos foi a todos excessivo Milagre,e cousa,certo,de alto espanto, Ver as nuvens, do mar com largo cano, Sorver as altas aguas do Oceano.! Camões (lusiadas,canto V )parte 1-verso 18 (descrição de fenómenos atmosféricos especiais) Kandandos Toni Lopes | |
| | | Kaluanda Top 500
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| Assunto: Re: Poesia Ter Mar 03, 2009 7:22 pm | |
| Oi Lopes
De Camões, gosto mais dos sonetos...
Fiquei traumatizada, no liceu, com a trabalheira que o estudo de "Os Lusíadas" nos deu!!!
Eheheheheh
Bjs. | |
| | | Kaluanda Top 500
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| Assunto: Re: Poesia Ter Mar 03, 2009 7:27 pm | |
| Em flor vos arrancou
Em flor vos arrancou, de então crescida, (Ah Senhor Dom António!) a dura sorte Donde fazendo andava o braço forte A fama dos antigos esquecida.
Uma só razão tenho conhecida Com que tamanha mágoa se conforte: Que se no Mundo havia honrada morte, Não podíeis vós ter mais larga vida.
Se meus humildes versos podem tanto Que co'o desejo meu se iguale a arte, Especial matéria me sereis.
E celebrado em triste e longo canto, Se morrestes nas mãos do fero Marte, Na memória das gentes vivereis.
Luis de Camões | |
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| Assunto: Re: Poesia Qua Mar 04, 2009 7:46 pm | |
| Voz e aroma
A brisa vaga no prado, Perfume nem voz não tem; Quem canta é o ramo agitado, O aroma é da flor que vem.
A mim, tornem-me essas flores Que uma a uma eu vi murchar, Restituam-me os verdores Aos ramos que eu vi secar.
E em torrentes de harmonia Minha alma se exalará, Esta alma que muda e fria Nem sabe se existe já.
Almeida Garrett | |
| | | lopes Moderador
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| Assunto: Re: Poesia Qua Mar 04, 2009 11:39 pm | |
| Amiga kaluanda mencionei aqueles versos dos lusiadas, porque Camões descreve na última parte a aparição de um Tornado. milagre,e cousa,certo, de alto espanto, Ver as nuvens ,do mar com largo cano, Sorver as altas águas do oceano.! bjs Toni Lopes | |
| | | Kaluanda Top 500
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| Assunto: Re: Poesia Qua Mar 04, 2009 11:44 pm | |
| Oi Lopes
Continua amigo!! Foi só um comentário... Rsrsrs Não ficaste traumatizado??!!! Gostavas de dividir as orações dos "Cantos"??!!!
Eheheh
Bjs. | |
| | | lopes Moderador
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| Assunto: Re: Poesia Qui Mar 05, 2009 12:04 am | |
| Oi Kaluanda.
Naquela altura quase que decorei toda a invocação dos lusiadas
As armas e os.............assinalados. Que da ocidental.............Lusitana Por mares nunca...........navegados Passaram muito além da............... E por perigos e.............esforçados Mais do que permitia a........humana ................................................
Tinha que ser,para não ter medíocre nos pontos:Rsrsrsr hoje o nome é mais pomposo...teste..
bjs
Toni Lopes... | |
| | | lopes Moderador
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| Assunto: Re: Poesia Qui Mar 05, 2009 12:10 am | |
| Mãos feridas na porta dum silêncio
Vida que às costas me levas Porque não dás um corpo às tuas trevas?
Porque não dás um som àquela voz que quer rasgar o teu silêncio em nós?
Porque não dás à pálpebra que pede aquele olhar que em ti se perde?
Porque não dás vestidos à nudez que só tu vez?
NATÁLIA CORREIA | |
| | | Kaluanda Top 500
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| Assunto: Re: Poesia Qui Mar 05, 2009 12:14 am | |
| Oi Lopes
É por isso mesmo que eu perguntei!
Cá vai um soneto...
Bjs.
Tanto de meu estado
Tantode meu estado me acho incerto, Que em vivo ardor tremendo estou de frio; Sem causa, juntamente choro e rio, O mundo todo abarco, e nada aperto.
É tudo quanto sinto um desconcerto: Da alma um fogo me sai, da vista um rio; Agora espero, agora desconfio; Agora desvario, agora acerto.
Estando em terra, chego ao céu voando; Num' hora acho mil anos, e é de jeito Que em mil anos não posso achar um' hora.
Se me pergunta alguém porque assim ando, [size12]Respondo que não sei; porém suspeito[/size] Que só porque vos vi, minha Senhora.
Camões | |
| | | lopes Moderador
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| Assunto: Re: Poesia Qui Mar 05, 2009 12:22 am | |
| O sol nas noites e o luar nos dias Do amor nada mais resta que um Outubro e quanto mais amada mais desisto: quanto mais tu me despes mais me cubro e quanto mais me escondo mais me avisto. E sei que mais te enleio e te deslumbro porque se mais me ofusco mais existo. Por dentro me ilumino,sol oculto, por fora te ajoelho,corpo místico. Não me acordes.Estou morta na quermesse dos teus beijos.Etérea,a minha espécie nem teus zelos amantes a demoveu. Mas quanto mais em nuvem me desfaço mais de terra e fogo é o abraço com que na carne queres reter-me jovem NATÁLIA CORREIA Kandandos Toni Lopes | |
| | | Kaluanda Top 500
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| Assunto: Re: Poesia Qui Mar 05, 2009 4:26 pm | |
| Morte-Amor
Esse negro corcel, cujas passadas Escuto em sonhos, quando a sombra desce, E, passando a galope, me aparece De noite nas fantásticas estradas,
Donde vem ele? Que regiões sagradas E terríveis cruzou, que assim parece Tenebroso e sublime, e lhe estremece Não sei que horror nas crinas agitadas?
Um cavaleiro de expressão potente, Formidável, mas plácido, no porte, Vestido de armadura reluzente,
Cavalga a fera estranha sem temor: E o corcel negro diz: "Eu sou a Morte!" Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"
Antero de Quental | |
| | | lopes Moderador
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| Assunto: Re: Poesia Sex Mar 06, 2009 12:11 am | |
| NEM SEMPRE O CORPO SE PARECE Nem sempre o corpo se parece com um bosque,nem sempre o sol atravessa o vidro, ou um melro canta na neve. Há um modo de olhar vindo do deserto, mirrado sopro de folhas, de lábios,digo. Eugénio de Andrade (o peso da sombra) | |
| | | lopes Moderador
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| Assunto: Re: Poesia Sex Mar 06, 2009 12:22 am | |
| AS PALAVRAS
São como um cristal, as palavras, Algumas,um punhal, um incêndio. Outras orvalho apenas.
Secretas vêm,cheias de memória, Inseguras navegam: barcos ou beijos, as águas estremecem.
Desamparadas,inocentes, leves Tecidas são de luz e são a noite: E mesmo pálidas verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta?Quem as recolhe,assim cruéis,desfeitas, nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade | |
| | | Kaluanda Top 500
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| Assunto: Re: Poesia Sex Mar 06, 2009 8:45 pm | |
| Maria casou...
Maria casou com Antônio mas, Maria ama João; este é o marido da Lúcia que namora o Valadão. A mulher do Valadão conhecida por Raquel, vive sempre nas paqueras do compadre Manoel. Do Manoel, companheira é a dona Francisquinha, senhora honesta e ordeira que por obra do demônio, sem que o queira, coitadinha, vê no rosto da filhinha os traços do "seu" Antônio.
(Alda Pereira Pinto, ?, Brasil in "Pedra viva, Editora Pongetti, 1972 - RJ)
(retirado da net) | |
| | | Kaluanda Top 500
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| Assunto: Re: Poesia Sáb Mar 07, 2009 12:07 pm | |
| SÓ
Eu tenho pena da Lua! Tanta pena, coitadinha, Quando tão branca, na rua A vejo chorar sozinha!…
As rosas nas alamedas, E os lilases cor da neve Confidenciam de leve E lembram arfar de sedas
Só a triste, coitadinha… Tão triste na minha rua Lá anda a chorar sozinha …
Eu chego então à janela: E fico a olhar para a lua… E fico a chorar com ela! …
Florbela Espanca | |
| | | lopes Moderador
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| Assunto: Re: Poesia Dom Mar 08, 2009 11:12 pm | |
| < Em homenagem ao dia da Mulher>
POEMA MULHER
O poema é como um corpo de mulher, leve,belo. Há-de possuir pontos sensíveis, em que um simples toque o faça vibrar.
Há-de ser forte e delicado, flexivel, mas inquebrável.
Para alguns é impenetrável. Para alguém especial, é aberto,transparente,claro.
Anibal Albuquerque | |
| | | lopes Moderador
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| Assunto: Re: Poesia Dom Mar 08, 2009 11:24 pm | |
| SER MULHER Ser mulher,virà luz trazendo a alma talhada Para os jogos da vida,a liberdade e o amor, tentar da glória a etérea e altivola escalada, na eterna aspiração de um Sonho superior... Ser mulher,desejar outra alma pura e alada para poder,com ela,o infinito transpor, Sentir a vida triste,insípida,isolada, buscar um companheiro e encontrar um senhor... Ser mulher,calcular todo o infinito curto para a larga expansão dos desejado surto, no ascenso espiritual aos perfeitos ideais... Ser mulher,e oh!atroz,tantálica tristeza! ficar na vida qual uma águia inerte,presa nos pesados grilhões dos perceitos sociais. Gilka Machado bjs para todas as MULHERES do site... Toni Lopes... | |
| | | lopes Moderador
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| Assunto: Re: Poesia Seg Mar 09, 2009 12:34 am | |
| DESCALÇA VAI PARA A FONTE
Descalça vai para a fonte Lianor pela verdura; Vai fermosa,e não segura.
Leva na cabeça o pote o cesto nas mãos de prata, Cinta de fina escarlata, Sainho de chamelote; Traz a vasquinha de cote, Mais branca que a neve pura. Vai fermosa e não segura.
Descobre a touca a garganta, Cabelos de ouro entrançado Fita de cor de encarnado, Tão lindo que o mundo espanta.
Chove nela graça tanta, que dá graça a fermosura. Vai fermosa e não segura.
Camões | |
| | | Kaluanda Top 500
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| | | | lopes Moderador
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| Assunto: Re: Poesia Ter Mar 10, 2009 12:30 am | |
| «Um dos mais antigos poetas Portugueses»
Cantiga de Amigo
AI FLORES,AI FLORES DO VERDE PINO
Ai flores,ai flores do verde pino, se sabedes novas do meu amigo! Ai Deus e u é?
Ai flores ,ai flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado! Ai Deus e u é?
Se sabedes novas do meu amigo, aquel que mentiu do que pos comigo! Ai Deus e u é?
Se sabedes novas do meu amado, aquele que mentiu do que mi ha jurado! Ai Deus e u é
-Vós me perguntades pelo voss´amigo, e eu ben vos digo que é san´e vivo! Ai Deus e u é?
Vós me perguntades pelo voss´amado, e eu ben vos digo que é viv´e sano! Ai Deus e u é?
E eu vos digo que é san´e vivo e seerá vosc´ant´o prazo saído. Ai Deus e u é?
E eu vos digo que é viv´e sano e seerá vosc´ant´o prazo passado. Ai Deus e u é?
Don Dinis | |
| | | Kaluanda Top 500
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| Assunto: Re: Poesia Ter Mar 10, 2009 12:39 am | |
| CANTIGA D’AMIGO
Levou-s’a louçana, levou-s’a velida: vay lavar cabelos, na fontana fria. Leda dos amores, dos amores leda.
Levou-s’a velida, levou-s’a louçana: vay lavar cabelos, na fria fontana. Leda dos amores, dos amores leda.
Vay lavar cabelos, na fontana fria: passa seu amigo, que lhi ben queria. Leda dos amores, dos amores leda.
Vay lavar cabelos, na fria fontana: passa seu amigo, que a muyt’amava. Leda dos amores, dos amores leda.
Passa seu amigo, que lhi ben queria: o cervo do monte a áugua volvia. Leda dos amores, dos amores leda.
Passa seu amigo, que a muyt’amava: o cervo do monte volvia a áugua. Leda dos amores, dos amores leda.
Pero Meogo | |
| | | lopes Moderador
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| Assunto: Re: Poesia Ter Mar 10, 2009 8:56 pm | |
| Amiga Kaluanda
Gostei dessa cantiga d´amigo que eu não conhecia, voltemos agora a poetas contemporâneos.....
UM DIA
Um dia,gastos,voltaremos A viver livres como os animais E mesmo tão cansados floriremos Irmãos vivos do mar e dos pinhais.
O vento levará os mil cansaços Dos gestos agitados irreais E há-de voltar aos nossos membros lassos A leve rapidez dos animais.
Só então poderemos caminhar Através do mistério que se embala No verde dos pinhais,na voz do mar E em nós germinará a sua fala.
SOFIA DE MELLO ANDRESEN | |
| | | Kaluanda Top 500
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| Assunto: Re: Poesia Ter Mar 10, 2009 11:17 pm | |
| TRISTÍSSIMA N'um paiz longe, secreto, Lendaria ilha affastada, Jaz todo o dia sentada N'um throno de marmor preto.
No seu palacio esculpido Não entram constellações; Os tectos dos seus sallões São todos d'ouro polido!
Nas largas escadarias Sobem vassallos ao cento, De noute suluça o vento N'aquellas tapeçarias.
E pelas largas janellas Fechadas, sempre corridas, Ha flores desconhecidas Que não olham as estrellas.
Na dextra segura um calix, - Calix da Dôr e da Magoa! Onde está contida a agoa E o sangue dos nossos males!
Pelas florestas sosinhas Escuras, sem rouxinoes, Erram chorando os Heroes, E as desgraçadas Rainhas.
Seguida, á noute, de servas, Caminha, em cortejo mudo, Rojando o negro velludo De seu cabello nas hervas.
Sómente ao vel-a passar Ficam as almas surprezas; - Ha todo um mar de tristezas No abismo do seu olhar!
António Gomes Leal, in 'Claridades do Sul' | |
| | | lopes Moderador
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| Assunto: Re: Poesia Ter Mar 10, 2009 11:54 pm | |
| " SE"
Se tanto me doi que as coisas passem É porque cada instante em mim foi vivo Na luta por um bem definitivo Em que as coisas de de amor se eternizassem
SOFIA DE MELLO BREYNER | |
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| Assunto: Re: Poesia | |
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