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| | Poesia | |
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Autor | Mensagem |
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bengo Top 500
| Assunto: Re: Poesia Sex Fev 05, 2010 1:20 am | |
| O amor é uma companhia
O amor é uma companhia. Já não sei andar só pelos caminhos, Porque já não posso andar só. Um pensamento visível faz-me andar mais depressa E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo. E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar. Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas. Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona. Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
Alberto Caeiro | |
| | | fatima berenguel Top 500
Idade : 76 Localização : Lisboa bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Sáb Fev 06, 2010 12:06 am | |
| Se depois de eu morrer
Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, Não há nada mais simples Tem só duas datas — a da minha nascença e a da minha morte. Entre uma e outra cousa todos os dias são meus.
Sou fácil de definir.
Vi como um danado. Amei as cousas sem sentimentalidade nenhuma. Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei. Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver. Compreendi que as cousas são reais e todas diferentes umas das outras; Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento. Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.
Um dia deu-me o sono como a qualquer criança. Fechei os olhos e dormi. Além disso, fui o único poeta da Natureza.
Alberto Caeiro | |
| | | lopes Moderador
Idade : 76 Localização : Portugal bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Sáb Fev 06, 2010 1:07 am | |
| Sonho Oriental Sonho-me às vezes rei ,nalguma ilha, Muito longe nos mares do Oriente, Onde a noite é balsámica e fulgente, E a luz cheia sobre as águas brilha... O aroma da magnólia e da baunilha Paira no ar diáfono e dormente... Lambe a orla dos bosques,vagamente, O mar com finas ondas de escumilha... E enquanto eu na varanda de marfim Me encosto ,absorto num cismar sem fim, Tu,meu amor,divagas ao luar, Do profundo jardim pelas elareiras, Ou descansas por baixo das palmeiras, Tendo aos pés um leao familiar. Antero de Quental | |
| | | lopes Moderador
Idade : 76 Localização : Portugal bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Sáb Fev 06, 2010 1:24 am | |
| À Virgem Santíssima Num sonho todo feito de incerteza, De nocturna e indivisivel ansiedade, É que eu vi o teu olhar de piedade E ( mais que piedade )de tristeza... Nao era o vulgar brilho da beleza, Nem o ardor banal da mocidade... Era outra luz,era outra suavidade, Que até nem sei se as há na natureza... Um místico sofrer...uma ventura Feita só de perdao,só de ternura E da paz da nossa hora derradeira... Ó visão,visão triste e piedosa! Fita-me assim calada,assim chorosa... E deixa-me sonhar a vida inteira! Antero de Quental Kandandos Toni Lopes | |
| | | Cazimar Adm/Moderação
Idade : 68 Localização : Portugal bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Sáb Fev 06, 2010 2:00 am | |
| E A LOUCA SOU EU!? O mundo é perfeito… A louca sou eu!
E os conceitos os preconceitos os babelismos mentais a prepotência dos fortes a arrogância dos demais as ejaculações do poder e o poder dos anormais?
Mas a louca sou eu!
E os hipócritas os dissimulados os perversos disfarçados os corrompidos, os corruptores os refractários manipuladores os mentirosos sem consciência e os masturbadores da impotência?
Mas a louca sou eu!
E os vigaristas os burlões os pedófilos e os cabrões os proxenetas as prostitutas os devassos das falsas lutas os libertinos, os debochados os cornudos e os enganados?
Mas a louca sou eu!
E os falsários os perjuros os fazedores de conjuros os salteadores da vida alheia os carrascos sem cadeia os assassinos os ladrões os verdugos e os cabrões?
E a louca sou eu?
ana paula lavado in “Mentes Perversas” | |
| | | lopes Moderador
Idade : 76 Localização : Portugal bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Dom Fev 07, 2010 1:09 am | |
| Oi Cazimar Um poema muito forte e contundente mas também muito actual. bjs Toni Lopes | |
| | | lopes Moderador
Idade : 76 Localização : Portugal bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Dom Fev 07, 2010 7:50 pm | |
| Maria
Tenho cantado esperanças... Tenho falado de amores... Das saudades e dos sonhos Com que embalo as minhas dores...
Entre os ventos suspirando Vagas,ténues harmonias, Tendes visto como correm Minhas doidas fantasias.
E eu cuidei que era poesia Todo esse louco sonhar... Cuidei saber o que é vida Só porque sei delirar...
Só porque à noite dormindo Ao seio duma visão, Encontrava algum alívio, Meu dorido coração,
Cuidei de ser amor aquilo E ser aquilo viver... Oh,que sonhos que se abraçam Quando se quer esquecer !
Eram fantasmas que a noite trouxe,e o dia já levou... À luz de estranha alvorada Hoje minha alma acordou !
Antero de Quental | |
| | | lopes Moderador
Idade : 76 Localização : Portugal bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Dom Fev 07, 2010 8:00 pm | |
| Uma Amiga
Aqueles que eu amei,não sei que vento Os dispersou no mundo,que os não vejo... Estendo os braços e nas trevas beijo Visões que a noite evoca o sentimento...
Outros me causam mais cruel tormento Que as saudades dos mortos...que eu invejo... Passam por mim...mas como que têm pejo Da minha soledade e abatimento !
Daquela primavera venturosa Não resta uma flor só,uma só rosa... Tudo o vento varreu,queimou o gelo !
Tu só foste fiel - tu,como dantes, Inda volves teus olhos radiantes... Para ver o meu mal...e escarnece-lo !
Antero de Quental
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| | | Cazimar Adm/Moderação
Idade : 68 Localização : Portugal bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Seg Fev 08, 2010 1:25 am | |
| Oi Lopes
Continuando na tua linha...
Aqui fica. mais um poema do Antero de Quental
Boa semana !
Beijocas | |
| | | Cazimar Adm/Moderação
Idade : 68 Localização : Portugal bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Seg Fev 08, 2010 1:26 am | |
| Jura Pelas rugas da fronte que medita... Pelo olhar que interroga — e não vê nada... Pela miséria e pela mão gelada Que apaga a estrela que nossa alma fita...
Pelo estertor da chama que crepita No ultimo arranco d'uma luz minguada... Pelo grito feroz da abandonada Que um momento de amante fez maldita...
Por quanto há de fatal, que quanto há misto De sombra e de pavor sob uma lousa... Oh pomba meiga, pomba de esperança!
Eu t'o juro, menina, tenho visto Cousas terriveis — mas jamais vi cousa Mais feroz do que um riso de criança!
Antero de Quental, in "Sonetos" | |
| | | bengo Top 500
Idade : 69 Localização : PT/Angola bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Seg Fev 08, 2010 8:58 pm | |
| OI Casimar Estou como o Lopes esse poema é forte.... mas ,como eu te compreendo. Dá até vontade de expressar que "Quem não se sente, não é filho de boa gente". kandandos bengo | |
| | | fatima berenguel Top 500
Idade : 76 Localização : Lisboa bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Seg Fev 08, 2010 11:07 pm | |
| No Circo
Muito longe d'aqui, nem eu sei quando, Nem onde era esse mundo, em que eu vivia... Mas tão longe... que até dizer podia Que enquanto lá andei, andei sonhando...
Porque era tudo ali aéreo e brando, E lúcida a existência amanhecia... E eu... leve como a luz... até que um dia Um vento me tomou, e vim rolando...
Caí e achei-me, de repente, involto Em luta bestial, na arena fera, Onde um bruto furor bramia solto.
Senti um monstro em mim nascer n'essa hora, E achei-me de improviso feito fera... — É assim que rujo entre leões agora!
Antero de Quental, in "Sonetos" | |
| | | fatima berenguel Top 500
Idade : 76 Localização : Lisboa bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Qui Fev 11, 2010 2:51 pm | |
| Posso escrever os versos mais tristes esta noite. Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada, e tiritam, azuis, os astros lá ao longe". O vento da noite gira no céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite. Eu amei-a e por vezes ela também me amou. Em noites como esta tive-a em meus braços. Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela amou-me, por vezes eu também a amava. Como não ter amado os seus grandes olhos fixos. Posso escrever os versos mais tristes esta noite. Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela. E o verso cai na alma como no pasto o orvalho. Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la. A noite está estrelada e ela não está comigo.
Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe. A minha alma não se contenta com havê-la perdido. Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a. O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores. Nós dois, os de então, já não somos os mesmos. Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei. Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos. A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos. Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda. É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.
Porque em noites como esta tive-a em meus braços, a minha alma não se contenta por havê-la perdido. Embora seja a última dor que ela me causa, e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.
Pablo Neruda | |
| | | fatima berenguel Top 500
Idade : 76 Localização : Lisboa bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Ter Fev 16, 2010 3:22 pm | |
| A Idade de Ser Feliz
Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-las a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo, nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida, a nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem em que todo o desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.
desconhecido | |
| | | Cazimar Adm/Moderação
Idade : 68 Localização : Portugal bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Seg Fev 22, 2010 9:13 pm | |
| Noites de luar no morro da Maianga
Noites de luar no Morro da Maianga Anda no ar uma canção de roda: "Banana podre não tem fortuna Fru-tá-tá, fru-tá-tá..." Moças namorando nos quintais de madeira Velhas falando conversa antigas Sentadas na esteira Homens embebedando-se nas tabernas E os emigrados das ilhas... - Os emigrados das ilhas Com o saldo mar nos cabelos Os emigrados das ilhas Que falam de bruxedos e sereias E tocam violão E puxam faca nas brigas...
Ó ingenuidade das canções infantis Ó namoros de moças sem cuidado Ó histórias de velhas Ó mistérios dos homens
Vida!:
Proletários esquecendo-se nas tascas Emigrantes que puxam faca nas brigas E os sons do violão E os cânticos da Missão
Os homens Os homens As tragédias dos homens!
(Mário António) | |
| | | I. santos Top 20
Idade : 64 Localização : Lisboa bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Ter Fev 23, 2010 7:30 pm | |
| Olá a todos, "De Poeta e de Loucos todos temos um pouco". Aqui vai um de meus poemas
CAMINHADA
Chegava a conjecturar Como pode o caracol Ao último andar chegar Caminhando tão devagar!
Ensinou-me a vida Que é preciso insistir, Cada hora vivida É uma vitória conseguida.
Ainda está longe O meu último andar, Mas eu continuo a lutar Para lá poder chegar.
O caminho é duro, Às vezes tropeço E desato a chorar, Depois adormeço, O importante é acordar!
Isabel Santos 7/02/2009 | |
| | | Xana Top 500
Localização : Portugal bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Seg Mar 01, 2010 4:44 am | |
| amiga isabel parabens pelo lindo poema eu tambem tenho uma vida de luta tropeço e volto a levantar nem tempo tenho para chorar pode continuar a colocar os poemas de vida eu fico agradecida fique bem | |
| | | Cazimar Adm/Moderação
Idade : 68 Localização : Portugal bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Seg Mar 01, 2010 9:05 pm | |
| Oi amigas É bem verdade, o poema da nossa amiga Isabel, parece querer-nos falar de uma vida de luta. Daquela luta, que infelizmente por vezes o frenessim da vida é injusto para quem merecia um pouco de paz e de descanso. É bom conhecermos e convivermos com pessoas lutadoras e que sabem dar o devido valor. Amiga Isabel, continue a colocar a suas poesias realistas. Beijocas e kandandos | |
| | | Cazimar Adm/Moderação
Idade : 68 Localização : Portugal bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Seg Mar 01, 2010 9:08 pm | |
| " A Mulemba secou "A mulemba secou. No barro da rua, Pisadas, por toda a gente, Ficaram as folhas Secas, amareladas A estalar sob os pés de quem passava. Depois o vento as levou... Como as folhas da mulemba Foram-se os sonhos gaiatos Dos miúdos do meu bairro. De dia, Espalhavam visgo nos ramos E apanhavam catituis, Viúvas, siripipis Que o Chiquito da Mulemba Ia vender no Palácio Numa gaiola de bimba. De noite, Faziam roda, sentados, A ouvir, de olhos esbugalhados A velha Jaja a contar Histórias de arrepiar Do feitiçeiro Catimba. Mas a mulemba secou E com ela, Secou tambem a alegria Da miúdagem do bairro; O Macuto da Ximinha Que cantava todo o dia Já não canta. O Zé Camilo, coitado, Passa o dia deitado A pensar em muitas coisas. E o velhote Camalundo, Quando passa por ali, Já ninguém o arrelia, Já mais ninguém lhe assobia, Já faz a vida em sossego. Como o meu bairro mudou, Como o meu bairro está triste Porque a mulemba secou... Só o velho Camalundo Sorri ao passar por lá!... (Aires de Almeida Santos) | |
| | | lopes Moderador
Idade : 76 Localização : Portugal bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Ter Mar 02, 2010 12:06 am | |
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Os Parnasianos
SONETOS
Mal pode fantasiar-te a mente acesa Tão gentil como quando ,venturoso, Te vi a vez primeira,ébrio de gozo, Extático de pasmo e de surpresa.
Que prodígio de esplêndida beleza! Que lábios,que sorrir,que olhar piedoso! Que opulento cabelo...um mar ondoso Onde esconderas a gentil nudeza!
Assentada num banco de verdura, Junto à margem do múrmuro Mondego, De um Corregio venceras a pintura.
Ai! perdi,desde então,paz e sossego! Se estavas tão graciosa em tal postura, E comias um paio de Lamego!
JOÃO PENHA ( 1839-1919 ) das rimas
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| | | Cazimar Adm/Moderação
Idade : 68 Localização : Portugal bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Ter Mar 02, 2010 8:06 pm | |
| Olá amigos(as)Porque hoje (2 de Março), se comemora o dia da MULHER ANGOLANA, e o Kandando não podia deixar de prestar uma homenagem a essas GRANDES MULHERES, vou deixar em forma de homenagem um poema de Alda Lara, assim como um vídeo, cujo o poema faz parte da música PRELÚDIOPela estrada desce a noite... Mãe-Negra, desce com ela... Nem buganvilias vermelhas, nem vestidinhos de folhos, nem brincadeiras de guisos, nas suas mãos apertadas. Só duas lágrimas grossas, em duas faces cansadas. Mãe-Negra tem voz de vento, voz de silêncio batendo nas folhas do cajueiro... Tem voz de noite, descendo, de mansinho, pela estrada... Que é feito desses meninos que gostava de embalar?... Que é feito desses meninos que ela ajudou a criar?... Quem ouve agora as histórias que costumava contar?... Mãe-Negra não sabe nada... Mas ai de quem sabe tudo, como eu sei tudo Mãe-Negra! Os teus meninos cresceram, e esqueceram as histórias que costumavas contar... Muitos partiram p'ra longe, quem sabe se hão-de voltar!... Só tu ficaste esperando, mãos cruzadas no regaço, bem quieta, bem calada. É tua a voz deste vento, desta saudade descendo, de mansinho pela estrada Alda Lara | |
| | | bengo Top 500
Idade : 69 Localização : PT/Angola bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Ter Mar 02, 2010 11:09 pm | |
| Oi Casimar Os meus pelo tributo que fazes á mulher Africana neste dia elas merecem-no. Kandandos bengo | |
| | | I. santos Top 20
Idade : 64 Localização : Lisboa bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Mãe Negra Qua Mar 03, 2010 1:48 pm | |
| Olá a todos,
Vocês sabem que eu também tenho uma "mãe negra"? Foi ela que me criou. Minha mãe partiu mas eu ainda a tenho a ela. Chegou o momento de eu retribuir o carinho que ela me deu, por isso, apesar de ela estar em S. João da Madeira com o marido e eu em Lisboa, eu telefono-lhe todos os dias e acompanho os problemas dela, ajudando a resolvê-los o melhor que posso.
Kandandus | |
| | | I. santos Top 20
Idade : 64 Localização : Lisboa bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Qua Mar 03, 2010 5:34 pm | |
| Era uma vez uma menina[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]Era uma vez uma menina, Que no Paraíso vivia, Veio a guerra e o Paraíso acabou, O Inferno, o seu lugar ocupou, E a menina, assustada, para bem longe emigrou. Pensava que, de novo, o Éden encontrara, Tudo de uma ilusão não passara, Um novo Érebo achara, Sem tiros, nem minas, Mas com muita armadilha. A menina para sobreviver lutou, Perdeu a ingenuidade, E numa outra pessoa se transformou, Desconfiando até da gravidade! Isabel Santos 24/04/2009 | |
| | | surama Membros Postadores
Idade : 55 Localização : São Paulo Capital bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Qua Mar 03, 2010 5:54 pm | |
| A beleza das formas, cores, força e coragem está no coração da mulher angolana, traduz a liberdade, a complexidade e a simplicidade desse universo tão infinito que a Maê África nos traz.
Viva a mulher angolana!!! | |
| | | fatima berenguel Top 500
Idade : 76 Localização : Lisboa bandeiras dos países : Reputação do usuário :
| Assunto: Re: Poesia Qua Mar 03, 2010 9:11 pm | |
| Mas que veia poética, I. santos, dá-nos o prazer de lermos mais poemas lindos.
Obrigada. Kandandu
Fátima | |
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| Assunto: Re: Poesia | |
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| | | | Poesia | |
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